NewFor Entrevista: Carla Riovane Chiles (Edição Engenheiros Florestais)
Quando decidi fazer vestibular, eu não sabia o curso, mas sabia que queria algo para trabalhar a conservação do meio ambiente, principalmente do bioma Cerrado. Eu não conhecia o curso de Engenharia Florestal, até que meu irmão que estudou Agronomia falou do curso e eu gostei.
Em 2010 ingressei no curso na ESALQ-USP. No primeiro ano do curso queria trabalhar com genética e conservação das árvores do cerrado e fui fazer estágio com o Prof. Paulo Kageyama (in memoriam). Trabalhei alguns meses, mas não consegui gostar de genética. Conversando com o prof. Paulo Kageyama, ele me ofereceu a oportunidade de conhecer um projeto de restauração florestal, o qual me identifiquei. Fiquei trabalhando nesse projeto por dois anos e meio, onde desenvolvi minha primeira IC. E nesse meio tempo, também quis conhecer outras áreas e fiz estágio no Laboratório de Hidrologia Florestal (LHF) com geoprocessamento.
Em 2013 tive a oportunidade de fazer intercâmbio para os EUA, pelo programa Ciências sem Fronteiras. Estudei inglês e cursei disciplinas da Engenharia Florestal em Michigan State University, por um ano e meio. Voltei em 2015 querendo trabalhar com geoprocessamento e planejamento florestal. E fui fazer estágio no Laboratório de Hidrologia Florestal (LHF), com o prof. Sílvio Ferraz.
Em 2016 conclui a graduação e ingressei no mestrado, no programa de Pós
Graduação em Recursos Florestais da ESALQ-USP, sob orientação do prof. Sílvio
Ferraz. Trabalhei com planejamento florestal e recursos hídricos em duas
microbacias hidrográficas, da empresa Klabin, e monitoradas pelo
PROMAB-IPEF.
No final do mestrado, decidi que queria trabalhar em empresa e consegui
uma vaga no Grupo WZ Topografia e Geoprocessamento, em Mogi Guaçu-SP. O Grupo
WZ é uma empresa que presta serviços de topografia e geoprocessamento para
empresas de madeira, celulose e papel e produtores agrícolas da região. Onde
trabalhei por um ano e meio com microplanejamento de silvicultura e colheita,
edição de bases cadastrais e banco de dados.
Atualmente, trabalho no grupo WZ com desenvolvimento de tecnologias e produtos
para o setor florestal, utilizando principalmente drones e softwares de SIG,
como: inventário florestal utilizando Radar embarcado em drone, teste de
sobrevivência de mudas com até 45 dias utilizando VANT, dentre outros produtos
para o monitoramento das florestas.
Como a Engenharia Florestal ajudou na sua carreira? Na sua atuação hoje? O que mais te motivou/motiva em trabalhar nessa área?
A Engenharia Florestal ajudou em todos os aspectos da minha carreira. Todos os conceitos aprendidos no curso se fazem presentes no dia a dia na prática do meu trabalho.
O que mais me motiva a trabalhar nessa área é poder desenvolver ferramentas e produtos que possam ser usadas para o gerenciamento e monitoramento da floresta, de forma que permita o monitoramento do plantio e que mostre o aproveitamento da área plantada e a redução dos impactos sobre o meio ambiente. Além de poder trazer maior praticidade e maior rendimento para algumas atividades florestais.
Os efeitos estão relacionados ao planejamento florestal e manejo da floresta, de forma a reduzir os impactos negativos sobre o meio ambiente, e minimizem os impactos sobre as comunidades no entorno das áreas de produção.
Um dos principais desafios enfrentados hoje é a aceitação das mudanças e das inovações tecnológicas nas atividades florestais. Além disso, tem a questão do tempo, tanto no desenvolvimento de um novo produto, quanto na velocidade com que ocorrem as mudanças no mundo tecnológico.
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