Vida de estagiário: promovendo a ciência através de um projeto temático da FAPESP

 

Por Marina Riccinardi e Lucas Fernandes


As primeiras experiências da vida profissional podem ser um tanto desafiadoras. É o momento de conhecer novas áreas e possivelmente se encontrar em alguma delas. O estágio, seja em uma empresa, em um laboratório dentro da universidade ou até mesmo em um órgão público, reflete um importante marco da carreira do aluno e ajuda a definir qual caminho o estudante irá seguir. 


A Equipe NewFor, além de contar com professores, pesquisadores, e pós-graduandos, conta também com um time de estagiários dos cursos de graduação em Engenharia Florestal, Ciências Biológicas e Gestão Ambiental da ESALQ/USP. Os estagiários são responsáveis por diversas tarefas, desde coleta de amostras em campo, produção audiovisual, administração das redes sociais do projeto, gerenciamento dos dados, entre outros. 


Alguns estagiários também estão realizando seus próprios projetos de Iniciação Científica em alguma das áreas que o NewFor aborda, visando compreender mais sobre a multifuncionalidade das novas florestas pelo estado de São Paulo. Os alunos de Iniciação Científica participaram de todas as fases dos seus projetos, desde a escrita e submissão para uma agência de fomento (a própria FAPESP, CNPq ou ainda o PUB - Programa Unificado de Bolsas da USP), passando pela coleta, processamento e análise de dados, até gerar o resultado final da pesquisa, que poderá ser apresentada em Simpósios e Congressos dentro e fora da USP. A Iniciação Científica é uma ótima oportunidade para aqueles que desejam seguir carreira acadêmica, porque promove o primeiro contato do aluno com o método científico. 


É evidente que as capacidades profissionais são exigências que definem os perfis mais adequados ao contexto de trabalho; entretanto, o empenho, a admiração, a garra e o amor são preponderantes no engajamento individual e no propósito maior como grupo. E como qualquer outro grupo de trabalho, a heterogeneidade das personalidades só afirma o valor desse propósito maior que desejamos alcançar juntos. Não é fácil trabalhar em grupo, mas alcançamos um objetivo comum enquanto criamos laços. Fazer parte de um todo e se relacionar talvez seja a coisa mais reconfortante que podemos almejar: é  aprender, é ensinar, é conviver, é viver. Podemos ficar exaustos ao fim da semana depois de uma bateria de coleta de dados em campo, mas no final, tudo acaba em risadas.


Ademais, a participação dos estagiários da graduação em um projeto temático se faz muito importante, uma vez que gera vivências excepcionais durante a permanência do estudante no seu curso de graduação, entrando de acordo com o tripé da Universidade: pesquisa, ensino e extensão.

 

 

 Foto 1: As estagiárias Saskia Lima e Marina Riccinardi realizando coleta dos seus projetos de Iniciação Científica. 
Foto 2: Os estagiários Matheus Fuza e Guilherme Melman trocando o pneu estourado do carro depois de um dia de campo.


Foto 3: O estagiário Douglas Valentim coletando frutos de uma mangueira em uma das parcelas do projeto

 

 

 

 

 

 

 

Marina Ricciardi é aluna de graduação do curso de Ciências Biológicas na ESALQ/USP. Desde o início do curso se envolveu na área de Restauração Florestal por meio do GADE (Grupo de Adequação Ambiental), vinculado ao LASTROP e LERF, e também pelo projeto NewFor. Atualmente ela realiza iniciação científica pelo NewFor com projeto intitulado "Efeito das diferentes tipologias florestais na qualidade e conservação do solo".

Lucas Afonso é aluno de graduação em Ciências Biológicas na ESALQ/USP. Inclinado com a área de Ecologia, participou do Grupo GEPURA (Grupo de Estudos e Práticas para o Uso Racional da Água) e ex-membro do Plano Diretor Socioambiental "Luiz de Queiroz" na revisão e atualização do documento oficial (2017/18). Hoje, membro do grupo NewFor como estagiário. 

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