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Mostrando postagens de julho, 2021

Uma nova visão da floresta: o que a tecnologia vê que nós não somos capazes

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  Por Catherine Torres de Almeida* Figura 1. Fonte da imagem: https://resonon.com/content/research-systems-sp/ic_1556831311_1600x_false.jpg Imagine que você está caminhando em uma floresta. O que você consegue perceber com seus sentidos? O cheiro de mato, o canto de pássaros e cigarras, uma leve brisa refrescante, uma explosão de verde... Se você estiver caminhando em uma mata fechada, estará em um ambiente mais escuro e mal conseguirá ver o topo das árvores. Mas se estiver em uma montanha com vista para uma floresta próxima, irá conseguir ver bem o topo das árvores, embora não possa dizer o que há por baixo delas... Conseguimos perceber muitos detalhes incríveis, mas ainda assim, nossos sentidos são limitados. E se pudéssemos enxergar o que há por baixo das árvores sem ter que entrar na mata? E se pudéssemos ter uma visão no infravermelho? Nós não podemos, mas a tecnologia de sensoriamento remoto sim. A tecnologia está avançando muito rápido, permitindo obter informações que até...

Em Busca da Terra 2.0

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 Por Vinícius Melo Duarte O ar atmosférico é, sem dúvida, um dos bens mais preciosos da humanidade. Uma pessoa pode sobreviver por cinco semanas sem alimentos, cinco dias sem água, porém nem cinco minutos sem oxigênio. E, apesar de todos os alertas dos cientistas, os níveis de poluentes atmosféricos, bem como o aquecimento global, vêm aumentando ano após ano, impulsionados pelo uso desenfreado de combustíveis não renováveis, além dos desmatamentos irregulares. A OMS estima que, a cada ano, sete milhões de pessoas perdem a vida em decorrência de problemas de saúde relacionados à poluição do ar. Os grandes centros urbanos, cobertos por um céu acinzentado, apresentam-se cada vez mais impróprios para nossos pulmões. Mesmo antes da pandemia, o uso de máscaras em dias secos em cidades como Pequim e Tóquio já havia se tornado comum. Figura 1 - Representação artística da baixa qualidade do ar nos grandes centros urbanos, antes da pandemia. Ilustração: Marina Melo Duarte. Nesse context...

Pau-Brasil, espécie mal estudada

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 Por Roberto R. Martins      Pau-Brasil,  Paubrasilia echinata (Fonte: https://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/9282-parque-abriga-pau-brasil-com-mais-de-mil-anos)           Apesar de ter se constituído na principal riqueza da nova terra cuja posse Portugal tomou em 1500 dada a sua qualidade tintorial, na época, o pau-brasil nunca foi estudado em seus diversos aspectos: geográfico, econômico, industrial, botânico e ambiental. Assim não foram adotadas medidas para preservar a riqueza fundamental para o reino português e depois para o império brasileiro, até o ponto de sua virtual extinção, no início da segunda metade do século XIX. Então, a perda do monopólio sobre a madeira expressava também sua virtual extinção nos territórios litorâneos, além da perda de sua importância, pois já não era mais o “pau-de-tinta”, uma vez desenvolvidas as anilinas pela indústria química. Diversos registros históricos apont...

Banco de sementes do solo: da dispersão da semente ao recrutamento na comunidade vegetal

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Por Solange dos Santos Silva  As sementes são muito importantes para as plantas. Elas carregam o embrião que dará origem a um novo indivíduo, permitindo que a espécie se perpetue ao longo do tempo. Contudo, para que isso ocorra é necessário que a semente germine. A germinação é um processo que depende de fatores intrínsecos de cada espécie, como características fisiológicas, mas também das condições bióticas e abióticas presentes no meio que podem estimular ou inibir o processo de germinação, como temperatura, disponibilidade de água e luminosidade. Então, ao germinar, a semente dará origem a um novo indivíduo que poderá se estabelecer no ambiente, crescer e se reproduzir, gerando novas sementes que poderão reiniciar esse processo. Mas você já se perguntou o que acontece com as sementes que não germinam logo após a dispersão? Após a dispersão, as sementes que por algum motivo não germinaram chegam ao solo através de diferentes agentes como a água, o vento ou animais, e ali se ...

NewFor Entrevista: Gabriela Rosalini

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17 de Junho é o Dia do Gestor Ambiental, e para comemorar essa data fizemos uma série especial de entrevistas com gestores ambientais que atuam em diferentes áreas e que nos contam um pouco sobre suas trajetórias na profissão, suas principais motivações e desafios. Nossa quarta  entrevistada, Gabriela Rosalini, é formada em Gestão Ambiental na ESALQ/USP e atualmente trabalha no ICMBio na área de Gestão de Projetos.